A Democracia ("demo+kratos") é o regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos. O presente blog, invocando essa garantia constitucional que foi concedida à cada cidadão, visa promover debates sobre temas importantes para o desenvolvimento de nosso município, condenando qualquer forma de centralização na tomada de decisões ou repressão quanto à liberdade de expressão.
terça-feira, 14 de junho de 2011
À espera de Zeus e a guerra pelo poder.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
NEM MOINHO DE VENTO, NEM CASTELO DE AREIA !!
Uma mentira dita repetidas vezes, ainda que com argumentos banais, mas por pessoas dissimuladas ou predeterminadas a defender tal posicionamento, ou porque em razão de inocência ou fanatismo de fato acreditam naquilo que falam, não obstante a absurdez, passa a ser tida como fato concreto e efetivo, não admitindo indagações ou contrariedades ( a frase central é de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista ).
De igual maneira, talvez por convencionismo e oportunismo, ou pelo amor à tragédia cultuado por nossa sociedade, da mesma forma que nos assuntos sentimentais, na política, o que importa é a versão, e não os fatos.
São fatos e circunstâncias que trazem bastante embaraço, e mesmo as vezes temeridade, para aqueles a quem foi confiada a missão, esta as vezes outorgada pela própria consciência, de trazer a verdade à tona, ou pelo menos um mínimo de serenidade a quem tenta ver além da obscuridade.
Desdizer fanáticos, sejam ensaiados, dissimulados ou alienados, embora pareça o contrário, não é empreitada simples, simplesmente em razão do fanatismo; infelizmente a história é clara : rei morto, rei posto. Não há outra forma.
Na segunda hipótese, quando se trata de amor, não adianta se ponderar que inexistiu falta de confidência, falta de cumplicidade, ou mesmo infidelidade. Na política, não adianta se comprovar a inexistência de conchavos ou vantagens, na eventualidade de escândalos. O que importa é a versão, sempre resta a dúvida, a desconfiança, o ressentimento.
Ainda que inconformados, o dito é fato, e somente concordes com a esta realidade, podemos analisar de forma racional, o posicionamento e comportamento de determinada classe, determinada entidade, determinado grupo, e mesmo determinada sociedade.
Feitas estas considerações, mister voltarmos ao cenário proposto à nossa volta : o progresso rondando, a população duplicando, a oferta de empregos triplicando, as pessoas melhorando sua condição financeira.
O lugar certo, a terra das oportunidades. É o que se vende e se propaga, de forma bastante contundente. Não se permite ou se admite qualquer contrariedade a respeito. A blindagem é completa.
Não se publica na imprensa escrita ( ao menos três jornais locais circulam neste cenário ), qualquer notícia que destoe da versão oficial. Não se veicula na imprensa falada, qualquer desmerecimento ou apontamento, que possam colocar em cheque as colocações : apenas entrevistas de final de ano, ou entrevistas referentes a festas, com promoções pessoais.
Mesmo as reportagens referentes a sessões do legislativo, limitam-se a relatar projetos, requerimentos e indicações, omitindo qualquer posicionamento dos edis, que por ventura possam atingir a imagem repassada. Quando não moldam as colocações, voltando a opinião pública contra este.
Não bastasse, o boca a boca e o corpo a corpo defendendo a versão, ocorre diariamente, seja por borra-botas, seja por devedores de favores.
A atual bancada oposicionista tomou posse no dia 01 de janeiro de 2009, já com este cenário montado e atuante, presente em todos os setores da administração e da cidade em si, agora mais forte ainda, com o chefe do executivo reeleito com mais de 70% dos votos.
Desde o início, a proposta foi de fazer uma oposição inteligente e construtiva, buscando auxiliar a administração, colocando-se à disposição para ajudar, porém sem se omitir naquilo que considerasse errado ou ilegal. Em momento algum se pensou em fazer oposição burra, trivial em recente legislatura passada, onde se era do contra simplesmente pelo fato de ser.
A reciprocidade entretanto inexistiu desde o início, não se permitindo qualquer proximidade.
A oposição continuou firme em seu propósito, apresentando indicações, requerimentos, solicitando informações, buscando recursos. A oposição em momento algum de afastou da população, dos funcionários públicos municipais. Sempre se posicionou em defesa dos interesses coletivos e da comunidade em sí. Sempre se posicionou contra favorecimentos ou favorecidos.
Instada constantemente a desanimar ou dissuadir, seja em razão da desatenção, do descaso, do desmerecimento, ou mesmo em decorrência do isolamento, nunca esmoreceu.
Sempre que se necessitou de intervenção ou posicionamento, sobre determinado assunto ou determinada questão, é a oposição que se buscou, tendo em vista que esta nunca se acovardou, e nunca deixou de bater de frente com quem quer que fosse, em defesa de direitos violados ou afrontados.
Decorridos 30 ( trinta ) meses da posse, hoje temos a certeza do porque de tamanha blindagem, e do porque da centralização total do poder; é a forma encontrada de se dominar o cidadão, trazendo-o à dependência. Com esta dependência, se controla o eleitor, mantendo-se toda a célula.
O cenário inicial é sempre o foco a ser mantido.
Este cenário inicial nos traz à memória a célebre batalha de Dom Quixote e Sancho Pança, contra os Moinhos de Vento ( Dom Quixote de La Mancha - Miguel de Cervantes ).
Atacar o Moinho, como se fosse o gigante a ser batido, ou comportar-se com as mesmas ideias da sociedade quando defronta-se com algo fora dos padrões, fora do cotidiano, fora da normalidade petrificada que ela mesma impõe?
Evidentemente que nem um e nem outro é o comportamento da oposição. Na primeira hipótese, se diria que ela é insana. Na segunda, se diria que é acomodada e conivente.
A oposição tem plena consciência de seus atos e, nos limites de suas prerrogativas, de todos os procedimentos realizados, para se erigir o cenário presente. Sabe que não se trata de castelo de areia, mas também tem total discernimento a respeito do poder das ondas que seu mar pode criar.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Reformulação de um grupo: O DEMOCRATAS Taguaiense e a constante luta por uma cidade melhor.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Educação: questão fundamental.
A Constituição Federal de 1988 em seu Título VIII, Da Ordem Social; Capítulo III, mostra as disposições sobre educação, cultura e desporto. Analisando então, essa reta de pensamentos, observa-se o primeiro artigo desse capítulo, o qual diz que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação pro trabalho” (Art 205, CF).
No artigo próximo, 206, estabelece que além da igualdade de condições para todos os alunos, a liberdade de aprendizado e de pensamento, o pluralismo de idéias, a gratuidade do ensino, a valorização dos profissionais entre outros aspectos, devem ser garantidos. A Constituição é perfeita quanto à rigidez e a seriedade com que deve ser tratado o ensino e a educação; porém eis que surge o questionamento: tudo é seguido conforme a Constituição Federal? Obviamente que não. A educação Brasileira está muito longe do ideal constitucional.
Fazendo uma mostra mais detalhada, podem-se enumerar vários fatores que levam a pobreza educacional que se encontra no Brasil. Desde os pais que vêem em seus filhos mãos de obra rentáveis para o auxílio no sustento na família, diminuindo o rendimento escolar ou até mesmo excluindo seus filhos da vida educacional, como o desinteresse de grande parte dos governantes em prestar apoio e criar soluções para os problemas educacionais.
Essa situação de deixar a questão da educação de lado e investir em outros setores não é um caso atual. Mesmo no governo de Juscelino Kubitscheck, que é lembrado pelo período desenvolvimentista, isso ocorreu. Quando Juscelino assumiu o poder em 1956, instalou o Plano de Metas que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Esses dois últimos tópicos, principalmente o referente à educação, não foram alcançados, e passaram despercebidos aos olhos de quem estava maravilhado com o rápido desenvolvimento nacional.
Desde aquela época, era comum tratar o Brasil como “o país do futuro”, passaram quase 6 décadas, e o Brasil continua como “o país do futuro”. Esse futuro não vai chegar nunca? É claro que deve destacar que o país tem tido sim um desenvolvimento notável, tanto que hoje ocupa o 10º lugar nos melhores PIB’s mundiais. Mas, de que adianta isso, se o contraste com a questão educacional é no mínimo gigantesco? O Brasil, atualmente está em 72º pior do mundo em ensino.
Deve-se então observar uma questão fundamental: a do professor. Muitas vezes eles são os culpados pelo ensino de baixa qualidade, o não rendimento dos alunos, a pobreza de conteúdo e as notas baixas nas pesquisas do MEC. São culpados também de não terem preparo e formação necessária. A Constituição Federal garante a valorização dos profissionais, mas isso é um dos fatores mais problemáticos em questão de educação. Esse ano houve reajuste no piso salarial dos professores que trabalham 40 horas semanais; antes de R$ 1.024,67 e que agora passou a ser R$1187,08. Será esse um salário digno para os professores? Aqueles que dão auxílio aos alunos, incentivam, mostram os primeiros passos, e preparam as pessoas até para a escolha de uma carreira profissional futura? É evidente que não. Os salários são tão baixos que desestimulam. Não tem como melhorar a qualidade educacional sem antes valorizar o trabalho dos professores.
Um outro fator de destaque, para finalizar a discussão sobre a educação brasileira é o sistema de cotas para escola pública na entrada para uma universidade. De início a ideia é até aceitável, uma vez que visa à integração desses alunos, porém, devia ser uma situação temporária, até o país conseguir equilibrar o ensino público com o privado. Mas não é isso que acontece.
A suposição de que cota para egressos de escolas públicas irá democratizar a sociedade é equivocada, pois a solução é a melhoria da qualidade da escola pública e não a derrubada do nível de exigência da universidade. Sendo assim, o sistema de cotas serve na verdade, para deixar de lado a melhoria do ensino e a sua importância gigantesca no presente momento, já que as cotas garantem a integração das escolas públicas no nível superior. A instituição de cotas para egressos da escola pública contribui para a aceitação passiva da baixa qualidade do ensino básico público e para que nada se faça para sua melhoria. Deixa à mostra que se trata nada mais do que um argumento para que a política econômica continue projetando para data não prevista os investimentos urgentemente necessários em educação. Essa situação deveria ser vista como uma injustiça para os alunos de escola pública, visto que eles têm o direito de ter uma educação de qualidade e equilibrada com o nível educacional das escolas particulares de ensino.
Em última análise e sintetizando os problemas, a educação brasileira só atingirá um nível decente quando os profissionais forem valorizados e quando o ensino for tratado como prioridade dentre os problemas nacionais. De nada adiantam propagandas televisivas incentivando os alunos a virarem professores, sendo que esses mesmos alunos estão diariamente em contato com a atual situação da educação, do ensino e da desvalorização profissional.