quarta-feira, 27 de julho de 2011

DEM Taguaiense apresenta sua nova diretoria em reunião aberta à comunidade política local



No último domingo, dia 24, aconteceu na chácara do Kilo, em Taguaí, a primeira reunião da nova diretoria do Democratas no município. Na ocasião, o ex-vereador José Júlio da Silva passou para o novo presidente, Vitor Hugo Bueno Fogaça, o livro de atas do partido, simbolizando a transferência do comando da agremiação política da qual foi presidente durante doze anos. Em seu discurso de despedida, José Júlio ressaltou a importância desse novo passo ao partido, último grande reduto oposicionista no município, que inclusive tem servido de abrigo aos diversos ex-tucanos que se mostraram descontentes com a nova diretoria do PSDB local, presidido pelo chefe de gabinete do Prefeito Jair Carniato, Sr. Douglas Romano. Dentre os novos filiados, vale destacar a presença do ex-prefeito tucano Dr. José Dalcin.
Após a transferência do comando do partido, o novo presidente relembrou a história do DEM no município, que serviu de base aliada aos ex-prefeitos Benedito Dalcin, José Eduardo Gobbo e Dr. José Dalcin, bem como se comprometeu a liderar o movimento oposicionista nas eleições municipais que se aproximam, recrutando a juventude do município para participar do debate político.
Terminado o discurso, a nova diretoria recebeu os cumprimentos de diversos políticos locais, como do ex-prefeito Benedito Dalcin (Dem), dos vereadores Antonio Carlos Valente (PSC) e Juninho Dalcin (PDT), além de outras lideranças, como Antonio Adilson Rodrigues e Marcos Bérgamo, ambos do recém criado PSD.

Nova Diretoria
A nova diretoria é composta por Vitor Hugo Bueno Fogaça (Presidente), Pedro Soldera Netto (Vice-presidente), José Júlio da Silva (Secretário Geral), Nara Luiza Valente (1ª Secretária), Luis Carlos Balaio, Mateus Henrique Liutti, Júlio César Ribeiro Júnior, José Rafael Gonçalves e Alex Bérgamo.

Benedito Dalcin
A surpresa da reunião ficou a cargo do ex-prefeito Benedito Adorivaldo Dalcin. Prefeito de Taguaí por duas vezes e filiado ao Democratas desde os tempos de PFL, o empresário, que se manteve afastado das discussões políticas nas últimas eleições, se mostrou interessado em participar ativamente do próximo pleito, surpreendendo de maneira positiva todos os presentes. No uso da palavra, Dito Dalcin relembrou sua gestão a frente do município e declarou a importância de se construir um diálogo com todos os partidos da base oposicionista, a fim de que se construa um grupo homogêneo para a campanha eleitoral de 2012. Indagado sobre uma eventual candidatura sua ao executivo, Dito afirma preferir olhar para o futuro e apoiar os novos rostos da política local, sem negar, no entanto, o interesse pela disputa.

Juntamente com o convite para o evento, os filiados do partido e demais companheiros oposicionistas receberam a carta que segue abaixo, que trata da atual conjuntura do partido e as diretrizes para as próximas eleições:

CARTA ABERTA À COMUNIDADE E AOS MEMBROS DO DEMOCRATAS TAGUAIENSE

Prezados (as) Companheiros (as) Democratas,

Fazer oposição não é uma escolha fácil. Trata-se de uma imposição que a sociedade nos apresenta. Se um grupo ou partido político possui princípios e idéias diferentes do Governo do seu município, cabe a esse grupo disputar o apoio popular e colocar em prática suas novas idéias. Não é tarefa das mais fáceis disputar uma eleição com àqueles que detêm e usam indiscriminadamente a máquina pública, mas não podemos deixar que o dinheiro do povo continue sendo usado em beneficio de particulares que querem a perpetuidade em seus cargos em detrimento do interesse público, que sempre deve ser a preocupação principal de qualquer Administração.

Portanto, fazer oposição não é um castigo, uma degradação ou uma forma suja de se fazer política. Trata-se de um papel previsto na Constituição de nossa República, que nos impõe o combate contínuo contra Governos que não sigam princípios éticos e morais, e que distribuam cargos e administrem as verbas públicas de acordo com suas próprias prioridades.

O que propomos a partir de agora é uma luta constante contra o velho modo de se fazer política que ainda persiste em nossa cidade, onde condenaremos qualquer espécie de troca de favores, leilões de cargos públicos, nepotismo e outras vantagens em troca de votos e apoio político. Assim, acreditando nessa nova proposta Democrata, você estará contribuindo com a fiscalização do atual Governo e daqueles que se seguirão, além de colaborar para que nossas propostas e idéias sejam colocadas em prática. O papel do Democratas Taguaiense será trazer aos olhos do povo o que é realidade e o que é truque, e que muitos atos do atual Governo só aconteceram graças à má Administração e ao descaso com que o interesse público vem sendo tratado.

Dessa forma, trazemos uma nova proposta, um novo grupo e uma nova realidade para a política Taguaiense. É com muita fé e orgulho que apresentamos a todos nossa nova diretoria, que se compromete a trazer, a partir de agora, um novo modo de se fazer política, sempre colocando o interesse da comunidade no centro de nossas discussões e pautando nossos atos na honestidade e com a dedicação que o povo de Taguaí sempre mereceu.

Sejam todos bem-vindos ao Democratas Taguaiense!

Taguaí, 24 de julho de 2011.

Vitor Hugo Bueno Fogaça
Presidente do DEM Taguaiense

Pedro Soldera Netto
Vice-Presidente do DEM Taguaiense

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Perfis Oposicionistas do Município


A oposição taguaiense deu o pontapé inicial na disputa eleitoral que se aproxima. Nomes já estão sendo propostos e discutidos por toda a sociedade. Buscamos através dessa postagem trazer um breve perfil das condições políticas de cada eventual candidato, segundo a ótica da pessoa que vos escreve.

Seguem os nomes dos eventuais candidatos pertencentes ao grupo oposicionista::

Dr. José Dalcin: Filiado no Democratas, trata-se ainda do grande líder da oposição. Quando se buscam os valores e os representantes desse grupo o seu nome ainda é o mais corrente. Para muitos, seria o único candidato capaz de romper o continuísmo do governo que está instalado e unir novamente uma oposição que se desfez no tempo.

Quando indagado sobre uma eventual candidatura se mostra cético, no entanto, para os mais próximos, o desejo de disputar o pleito é algo que ainda se faz presente.

Antonio Carlos Valente: Vereador filiado no PSC, atualmente é o mais cotado para representar a oposição no pleito que se aproxima. Pré candidato declarado, talvez seja o que mais atrai a simpatia do novo eleitorado, sendo apontado como um dos candidatos que seriam capazes de trazer a tão esperada renovação na política taguaiense.

Para se consolidar candidato, precisa apenas alinhar o seu discurso com os antigos líderes oposicionistas, sem deixar de lado os novos grupos que estão nascendo e que já declararam a simpatia por sua candidatura.

Elza Dalcin: Vereadora por dois mandatos consecutivos, sendo inclusive a mais votada em um dos pleitos que concorreu, atualmente está filiada no PDT. Possui indiscutível força política (O que colaborou com a eleição de seu filho, Juninho Dalcin), e se coloca como candidata da oposição após romper os laços políticos com o grupo do Prefeito Jair Carniato. Sua força para pleitear o posto de candidata talvez resida na capacidade de votos que possui junto à população que apóia o atual governo, seara de difícil acesso para os demais oposicionistas.

Sua candidatura representaria uma campanha firme e esclarecedora, capaz de levantar pontos emblemáticos da atual Administração. Talvez a capacidade de atuação na oposição seja a grande marca de Elza Dalcin.

José Júlio da Silva: Filiado no Democratas, possuiu cerca de 25% dos votos no último pleito contra o atual Prefeito Jair Carniato. Dentre os nomes propostos, juntamente com Dr. José Dalcin foi único que sempre esteve aliado ao atual grupo oposicionista. Possui bom transito entre os mais diferentes setores do município.

Por ter disputado uma difícil eleição, sem qualquer tipo de apoio ou amparo, certamente possui créditos suficientes para pleitear o posto de candidato oposicionista.

Vanderlei Nunes de Oliveira (Kilo): Atualmente filiado no PSDB, em breve estará migrando para outra agremiação política, tendo em vista as atuais condições do partido em âmbito municipal. Empresário de reconhecida capacidade administrativa, poderia fazer uma Administração mais técnica e menos populista, proposta claramente antagônica a do grupo situacionista. Possui apoio total e irrestrito de nomes fortes da política e do empresariado taguaiense, como Dr. José Dalcin e Dito Dalcin.

Nunca disputou qualquer eleição, mas pessoas próximas garantem que a idéia é algo presente e que será discutida no momento oportuno.

Flávio Sérgio Vaz Prado (Tiquinho): Sem filiação em qualquer partido político, Flávio se mostra como uma alternativa para a renovação política local, assim como Antonio Carlos Valente. Sua candidatura pela oposição representaria uma união de forças significativas, capazes de abalar uma eventual candidatura situacionista de Zaga Lança ou Douglas Romano. Politicamente, militou nas três campanhas disputadas pelo prefeito Jair Carniato, o que credenciaria sua candidatura como algo intocável moralmente e administrativamente pelo grupo situacionista.

Trata-se ainda de uma idéia a ser cultivada com cuidado, mas que caso receba o apoio pretendido, pode crescer com força capaz de mudar toda uma realidade política pré-estabelecida.

Os nomes estão propostos. A discussão já começou. E para você, qual o melhor candidato, dentre os oposicionistas, para disputar a Prefeitura Municipal na eleição que se aproxima?

terça-feira, 14 de junho de 2011

À espera de Zeus e a guerra pelo poder.



No começo só existia o caos. Tudo era encoberto por uma massa acinzentada escura, onde as forças latentes teriam o poder de criar, dominar e manter a vida de qualquer espécie. À essa fonte geradora de vida e energia tudo era possível e foi a partir dela que nasceram os Deuses, os planetas e os homens. A união de Urano e Gaia é responsável inicialmente pela origem dos Titãs e Titânias, forças insuperáveis que dominavam o universo, das quais destaca-se Têmis (a Justiça), Tétis (o Oceano), Mnemósine (a memória) e Cronos (o tempo).

Urano prendia todos os seus filhos no centro da terra logo após o nascimento, impedindo qualquer contato dos mesmos com o Universo. Esse fato causava imenso sofrimento à Gaia, que cansada de ver seus filhos serem feitos prisioneiros, implora a ajuda de todos para que juntos consigam por fim aos despaltérios de Urano. Cronos foi o único filho que aceitou ajudar a mãe a eliminar Urano, e, armado de uma foice, luta contra o pai e corta seus testículos, impedindo dessa maneira que continue a fecundar Gaia. O sêmen expelido fecunda a terra e o mar, de onde nasce Afrodite (deusa do amor e da beleza).

Com a morte de Urano, Cronos, o senhor do tempo, acaba por devorar todos os seres que dele se aproximavam, e, seguindo a sombría sina de seu pai, passa a devorar os próprios filhos que teve com sua irmã, Réia, para que jamais alguém lhe tomasse o reino absoluto do Universo.

Inconformada com a morte de todos os seus filhos, Réia dá a luz à Zeus numa caverna na Ilha de Creta, e quando indagado por Cronos sobre o recém nascido, Réia entrega-lhe uma pedra enrolada em panos de atadura, que é prontamente devorada por Cronos. Após perceber que foi enganado, Cronos sai em busca de Zeus. O encontro de pai e filho deu início a uma guerra que duraria mais de dez anos, se findando com a morte de Cronos e com o apogeu de Zeus como rei supremo do Universo.

A vitória de Zeus simboliza a vitória da razão e da ordem, em detrimento da luta cega e malévola pela vitalicidade no poder.

Quando notamos em nossa volta que todos os valores vêm sendo descartados por aqueles que buscam a perpetuidade no poder, nos parece que já não há mais nada que se fazer, e que a realidade se tornou imutável. Todos esperam a ascenção de um ”Zeus”, que muitas vezes não aparece.

O futuro de nosso município já está em discussão. A política local passou a tomar conta das redes sociais e das rodas de amigos, e em todos esses ambientes uma pergunta é corrente: Quem será o “escolhido” para enfrentar a “guerra dos dez anos” contra aqueles que buscam a perpetuidade no poder? Quem será o corajoso Dom Quixote? Quem assumirá a difícil tarefa de emergir contra um sistema que a todos devora e tudo domina?

Trata-se de uma incógnita de proporções mitológicas.

Muitos já se lançaram “a alea” e foram devorados. Aliás, esmagados e devorados. E não se tratavam de meros guerreiros. Com as palavras de Mórmon (o último dos profetas) pode-se ilustrar uma cruel realidade: “Sim. Perdemos. E perdemos grande número de nossos melhores homens.”

Na luta pelo poder, de Cronos até os dias atuais, nunca se impôs um limite para a guerra que se trava, seja ele moral, pessoal, ético, financeiro ou legal. Tudo vale na guerra pelo comando do Universo. Eis onde reside o grande problema.

O combate ao poder sem limites deve começar nas regras do jogo.

Quanto ao esperado Zeus, o tempo para o seu nascimento está cada dia mais escasso. A esperança de uma guerra justa parece cada dia mais distante. Com as palavras do escritor americano Jack Kerouac, termino deixando a minha gratidão e os votos de boa sorte aqueles que se propuserem a lutar pelo fim dessas forças latentes que teimam em dominar nossas vidas:

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

quinta-feira, 9 de junho de 2011


NEM MOINHO DE VENTO, NEM CASTELO DE AREIA !!

Uma mentira dita repetidas vezes, ainda que com argumentos banais, mas por pessoas dissimuladas ou predeterminadas a defender tal posicionamento, ou porque em razão de inocência ou fanatismo de fato acreditam naquilo que falam, não obstante a absurdez, passa a ser tida como fato concreto e efetivo, não admitindo indagações ou contrariedades ( a frase central é de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista ).

De igual maneira, talvez por convencionismo e oportunismo, ou pelo amor à tragédia cultuado por nossa sociedade, da mesma forma que nos assuntos sentimentais, na política, o que importa é a versão, e não os fatos.

São fatos e circunstâncias que trazem bastante embaraço, e mesmo as vezes temeridade, para aqueles a quem foi confiada a missão, esta as vezes outorgada pela própria consciência, de trazer a verdade à tona, ou pelo menos um mínimo de serenidade a quem tenta ver além da obscuridade.

Desdizer fanáticos, sejam ensaiados, dissimulados ou alienados, embora pareça o contrário, não é empreitada simples, simplesmente em razão do fanatismo; infelizmente a história é clara : rei morto, rei posto. Não há outra forma.

Na segunda hipótese, quando se trata de amor, não adianta se ponderar que inexistiu falta de confidência, falta de cumplicidade, ou mesmo infidelidade. Na política, não adianta se comprovar a inexistência de conchavos ou vantagens, na eventualidade de escândalos. O que importa é a versão, sempre resta a dúvida, a desconfiança, o ressentimento.

Ainda que inconformados, o dito é fato, e somente concordes com a esta realidade, podemos analisar de forma racional, o posicionamento e comportamento de determinada classe, determinada entidade, determinado grupo, e mesmo determinada sociedade.

Feitas estas considerações, mister voltarmos ao cenário proposto à nossa volta : o progresso rondando, a população duplicando, a oferta de empregos triplicando, as pessoas melhorando sua condição financeira.

O lugar certo, a terra das oportunidades. É o que se vende e se propaga, de forma bastante contundente. Não se permite ou se admite qualquer contrariedade a respeito. A blindagem é completa.

Não se publica na imprensa escrita ( ao menos três jornais locais circulam neste cenário ), qualquer notícia que destoe da versão oficial. Não se veicula na imprensa falada, qualquer desmerecimento ou apontamento, que possam colocar em cheque as colocações : apenas entrevistas de final de ano, ou entrevistas referentes a festas, com promoções pessoais.

Mesmo as reportagens referentes a sessões do legislativo, limitam-se a relatar projetos, requerimentos e indicações, omitindo qualquer posicionamento dos edis, que por ventura possam atingir a imagem repassada. Quando não moldam as colocações, voltando a opinião pública contra este.

Não bastasse, o boca a boca e o corpo a corpo defendendo a versão, ocorre diariamente, seja por borra-botas, seja por devedores de favores.

A atual bancada oposicionista tomou posse no dia 01 de janeiro de 2009, já com este cenário montado e atuante, presente em todos os setores da administração e da cidade em si, agora mais forte ainda, com o chefe do executivo reeleito com mais de 70% dos votos.

Desde o início, a proposta foi de fazer uma oposição inteligente e construtiva, buscando auxiliar a administração, colocando-se à disposição para ajudar, porém sem se omitir naquilo que considerasse errado ou ilegal. Em momento algum se pensou em fazer oposição burra, trivial em recente legislatura passada, onde se era do contra simplesmente pelo fato de ser.

A reciprocidade entretanto inexistiu desde o início, não se permitindo qualquer proximidade.

A oposição continuou firme em seu propósito, apresentando indicações, requerimentos, solicitando informações, buscando recursos. A oposição em momento algum de afastou da população, dos funcionários públicos municipais. Sempre se posicionou em defesa dos interesses coletivos e da comunidade em sí. Sempre se posicionou contra favorecimentos ou favorecidos.

Instada constantemente a desanimar ou dissuadir, seja em razão da desatenção, do descaso, do desmerecimento, ou mesmo em decorrência do isolamento, nunca esmoreceu.

Sempre que se necessitou de intervenção ou posicionamento, sobre determinado assunto ou determinada questão, é a oposição que se buscou, tendo em vista que esta nunca se acovardou, e nunca deixou de bater de frente com quem quer que fosse, em defesa de direitos violados ou afrontados.

Decorridos 30 ( trinta ) meses da posse, hoje temos a certeza do porque de tamanha blindagem, e do porque da centralização total do poder; é a forma encontrada de se dominar o cidadão, trazendo-o à dependência. Com esta dependência, se controla o eleitor, mantendo-se toda a célula.

O cenário inicial é sempre o foco a ser mantido.

Este cenário inicial nos traz à memória a célebre batalha de Dom Quixote e Sancho Pança, contra os Moinhos de Vento ( Dom Quixote de La Mancha - Miguel de Cervantes ).

Atacar o Moinho, como se fosse o gigante a ser batido, ou comportar-se com as mesmas ideias da sociedade quando defronta-se com algo fora dos padrões, fora do cotidiano, fora da normalidade petrificada que ela mesma impõe?

Evidentemente que nem um e nem outro é o comportamento da oposição. Na primeira hipótese, se diria que ela é insana. Na segunda, se diria que é acomodada e conivente.

A oposição tem plena consciência de seus atos e, nos limites de suas prerrogativas, de todos os procedimentos realizados, para se erigir o cenário presente. Sabe que não se trata de castelo de areia, mas também tem total discernimento a respeito do poder das ondas que seu mar pode criar.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Reformulação de um grupo: O DEMOCRATAS Taguaiense e a constante luta por uma cidade melhor.



No dia 24 de janeiro de 1985 surgiu o PFL - Partido da Frente Liberal, importante parceria na aliança que elegeu Tancredo Neves e sustentou a seguir o governo Sarney, primeiro governo do período de redemocratização. Em mais de vinte anos de história o Partido da Frente Liberal fez do Nordeste base de sua força política inicial, tendo como expoentes o Senador Antônio Carlos Magalhães na Bahia e Marco Maciel em Pernambuco. O PFL participou do governo de Fernando Collor de Melo e mesmo após o impeachment, acabou por compor a coalizão que sustentou Itamar Franco. Nos anos de 1994 e 1998 apoiou Fernando Henrique Cardoso e assim garantiu a vaga de vice-presidente para Marco Maciel.

O PFL foi opositor claro ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, formando novamente coligação com o PSDB nas eleições de 2006, apoiando o Governador Geraldo Alckmin na eleição para Presidência da República. Em 28 de março de 2007 a história do PFL chega ao fim com a fundação do Democratas.

Em 2007, o partido muda de nome para recuperar sua imagem após os resultados ruins obtidos nas eleições de 2006, elegendo o deputado Rodrigo Maia como presidente do partido, mudando o núcleo eleitoral do partido do Nordeste para o Rio de Janeiro e São Paulo. A refundação do partido e a expressão "democratas" serve como um contraponto a "onda de populismo" no Brasil e na América do Sul. Juntamente com o PSDB, lança a candidatura de José Serra para concorrer a Presidência da República em 2010.

No tocante à história do PFL e do DEM na cidade de Taguaí, vale lembrar que o partido participou dos governos de Dito Dalcin (Coligação PDS – PFL – PTB), José Eduardo Gobbo (Coligação PPB – PFL – PTB – PSDB) e de Dr. José Dalcin (Coligação PL – PFL – PPB). No ano de 2004 o partido fez coligação com PSDB, PL e PPS a fim de promover a reeleição de Dr José Dalcin. Em 2008 lançou como candidato à prefeito o ex-vereador José Júlio da Silva, atual presidente do partido.

O atual DEM taguaiense vem sendo reformulado com a busca de novos filiados, a fim de compor uma agenda de propostas a serem discutidas nas eleições do ano que vem. Dentre os novos filiados deve-se destacar a presença de jovens que pela primeira vez participam de uma agremiação política, bem como de experientes políticos que já fizeram história no município, como é o caso do ex-prefeito Dr. José Dalcin, do ex-vereador Luis Carlos Balaio e de tantos outros ex-filiados e dissidentes que discordam da nova direção do PSDB municipal e que repudiam a atual forma centralizadora de governo do Sr. Jair Carniato (PTB).

O DEM taguaiense convida todos os cidadãos a participarem desses debates que deverão ocorrer em breve, a fim de tratarmos dos temas que por muito tempo foram abandonados pela Administração Municipal. Convida também, publicamente, os partidos que pretendem compor a oposição em 2012 (PV – PSC – PPS – PDT – PL – PP), por entender que um candidato apoiado pelo atual prefeito representaria um mero continuismo da antiga forma de se fazer política, indo contra todos os principios éticos e morais que sempre pautaram as atitudes de nosso grupo político.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Educação: questão fundamental.


A Constituição Federal de 1988 em seu Título VIII, Da Ordem Social; Capítulo III, mostra as disposições sobre educação, cultura e desporto. Analisando então, essa reta de pensamentos, observa-se o primeiro artigo desse capítulo, o qual diz que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação pro trabalho” (Art 205, CF).

No artigo próximo, 206, estabelece que além da igualdade de condições para todos os alunos, a liberdade de aprendizado e de pensamento, o pluralismo de idéias, a gratuidade do ensino, a valorização dos profissionais entre outros aspectos, devem ser garantidos. A Constituição é perfeita quanto à rigidez e a seriedade com que deve ser tratado o ensino e a educação; porém eis que surge o questionamento: tudo é seguido conforme a Constituição Federal? Obviamente que não. A educação Brasileira está muito longe do ideal constitucional.

Fazendo uma mostra mais detalhada, podem-se enumerar vários fatores que levam a pobreza educacional que se encontra no Brasil. Desde os pais que vêem em seus filhos mãos de obra rentáveis para o auxílio no sustento na família, diminuindo o rendimento escolar ou até mesmo excluindo seus filhos da vida educacional, como o desinteresse de grande parte dos governantes em prestar apoio e criar soluções para os problemas educacionais.

Essa situação de deixar a questão da educação de lado e investir em outros setores não é um caso atual. Mesmo no governo de Juscelino Kubitscheck, que é lembrado pelo período desenvolvimentista, isso ocorreu. Quando Juscelino assumiu o poder em 1956, instalou o Plano de Metas que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Esses dois últimos tópicos, principalmente o referente à educação, não foram alcançados, e passaram despercebidos aos olhos de quem estava maravilhado com o rápido desenvolvimento nacional.

Desde aquela época, era comum tratar o Brasil como “o país do futuro”, passaram quase 6 décadas, e o Brasil continua como “o país do futuro”. Esse futuro não vai chegar nunca? É claro que deve destacar que o país tem tido sim um desenvolvimento notável, tanto que hoje ocupa o 10º lugar nos melhores PIB’s mundiais. Mas, de que adianta isso, se o contraste com a questão educacional é no mínimo gigantesco? O Brasil, atualmente está em 72º pior do mundo em ensino.

Deve-se então observar uma questão fundamental: a do professor. Muitas vezes eles são os culpados pelo ensino de baixa qualidade, o não rendimento dos alunos, a pobreza de conteúdo e as notas baixas nas pesquisas do MEC. São culpados também de não terem preparo e formação necessária. A Constituição Federal garante a valorização dos profissionais, mas isso é um dos fatores mais problemáticos em questão de educação. Esse ano houve reajuste no piso salarial dos professores que trabalham 40 horas semanais; antes de R$ 1.024,67 e que agora passou a ser R$1187,08. Será esse um salário digno para os professores? Aqueles que dão auxílio aos alunos, incentivam, mostram os primeiros passos, e preparam as pessoas até para a escolha de uma carreira profissional futura? É evidente que não. Os salários são tão baixos que desestimulam. Não tem como melhorar a qualidade educacional sem antes valorizar o trabalho dos professores.

Um outro fator de destaque, para finalizar a discussão sobre a educação brasileira é o sistema de cotas para escola pública na entrada para uma universidade. De início a ideia é até aceitável, uma vez que visa à integração desses alunos, porém, devia ser uma situação temporária, até o país conseguir equilibrar o ensino público com o privado. Mas não é isso que acontece.

A suposição de que cota para egressos de escolas públicas irá democratizar a sociedade é equivocada, pois a solução é a melhoria da qualidade da escola pública e não a derrubada do nível de exigência da universidade. Sendo assim, o sistema de cotas serve na verdade, para deixar de lado a melhoria do ensino e a sua importância gigantesca no presente momento, já que as cotas garantem a integração das escolas públicas no nível superior. A instituição de cotas para egressos da escola pública contribui para a aceitação passiva da baixa qualidade do ensino básico público e para que nada se faça para sua melhoria. Deixa à mostra que se trata nada mais do que um argumento para que a política econômica continue projetando para data não prevista os investimentos urgentemente necessários em educação. Essa situação deveria ser vista como uma injustiça para os alunos de escola pública, visto que eles têm o direito de ter uma educação de qualidade e equilibrada com o nível educacional das escolas particulares de ensino.

Em última análise e sintetizando os problemas, a educação brasileira só atingirá um nível decente quando os profissionais forem valorizados e quando o ensino for tratado como prioridade dentre os problemas nacionais. De nada adiantam propagandas televisivas incentivando os alunos a virarem professores, sendo que esses mesmos alunos estão diariamente em contato com a atual situação da educação, do ensino e da desvalorização profissional.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

Apresentação: A Ética e os Problemas da Atual Sociedade.



Uma sociedade bem organizada e ideal é aquela onde o direito passa a ser invocado apenas em última instância, quando a prudência humana não conseguir mais pautar as atitudes dos cidadãos enquanto membros de uma comunidade. Esse raciocínio pode ser obtido, inclusive, através de uma análise superficial do Pacto Social, de Rousseau, onde cada indivíduo abriria mão de parte de sua liberdade em prol do bem comum e da ordem social, assim, não seriam necessárias leis que reprimissem ou limitassem as atitudes humanas.

Tal entendimento traz à tona a idéia de que o homem consciente de suas responsabilidades é o homem ético, ou seja, aquele que se utiliza do discernimento pessoal em prol da organização social, limitando suas condutas por princípios morais que sejam comuns aos seus pares. Assim, pode-se afirmar que a ética passa a ser o grande limitador das vontades humanas.

No tocante ao Brasil, alguns apontamentos se fazem necessários quando se busca analisar a ética humana enquanto contrapeso às atitudes da sociedade como um todo. Estamos inseridos numa realidade marcada pela miséria, exclusão social e iníqua repartição de rendas. E em uma sociedade com problemas tão sérios como estes, a responsabilidade ética dos mais abastados para com aqueles que vivem às margens da sociedade deve ser um grande motivo de desconforto, embora todos saibam que o comodismo tomou conta de toda a sociedade brasileira há décadas. Essa responsabilidade moral das classes bem assistidas financeiramente decorre de uma cadeia de políticas públicas ineficazes que durante décadas criou no Brasil uma legião de miseráveis, que clamam por empregos, terras e de seus direitos mais fundamentais.

O grande obstáculo em se promover as necessárias modificações na estrutura de distribuição de renda e de criação de políticas públicas no Brasil está na atual concepção de felicidade, onde são consideradas felizes aqueles que alcançaram o êxito material, ou seja, que possuem bens e poder. Diante disso, os reais valores humanos, como a dignidade e o trabalho, só serão alcançados quando houver uma real reformulação de toda a vida humana, possibilitando que os homens passem a compor uma sociedade mais igualitária e menos capitalista e desigual. Não obstante, a reformulação de tais valores encontra grande empecilho nos hábitos dos cidadãos em quase todas as esferas de atuação. A falta de ética tomou conta da política, das comunicações, da internet, dos profissionais liberais e até mesmo da Igreja, fazendo com que o caráter humano fosse se corrompendo cotidianamente.

Numa sociedade que assiste a sua própria destruição com o passar dos anos, a ética nas atitudes humanas se tornou um elemento indispensável para o futuro de nossa civilização. Enquanto os homens fecharem os olhos para a falta de prudência no uso dos recursos naturais, na aplicação do dinheiro publico e na relativização dos valores da família e do trabalho, deixando o principio do próprio prazer pautar suas condutas em detrimento do principio da responsabilidade, é duvidosa e remota a chance de salvação de nosso planeta a médio e longo prazo. Como causa de parte dessa deterioração fica evidente o fato de os intelectuais ocuparem apenas um lugar de significativa humilhação dentro de uma esfera de importância, onde o dinheiro e a demagogia barata se sobrepõem a qualquer tentativa de progresso.

Nessa primeira postagem de apresentação, procuramos trazer quais as nossas preocupações e quais são os valores que pautarão os textos de nossos autores daqui pra frente. Termino citando o Desembargador José Renato Nalini, que ao analisar a ética humana defende que “a solidariedade mostra-se essencial neste milênio em que se vislumbram sinais de esperança. Enquanto houver quem defenda uma árvore, um animal em extinção, se condoa de uma criança, procure sanar o mal do mundo – seja ele violência, enfermidade, preconceito, corrupção ou indiferença – há sinais de que nem tudo ainda está perdido”.

SEJAM BEM-VINDOS!